terça-feira, 10 de junho de 2008

Sono

Dormir faz parte da vida de cada um e todos podem fazer o que quiserem para ficar acordados, mas uma das certezas da vida é que uma hora ou outra você vai dormir. Tens alguma dúvida disso?
Pois bem, agora imagine uma mente levemente alcoolizada com planos frágeis e quebradiços diluindo teclas, saboreando idéias do inconsciente e travando uma luta colossal contra seus olhos que, maldição, insistiam em fechar!(Que coisa viu...!)
Esse era eu.
Pelo menos naquela madrugada quente de verão...
Nada de muito relevante acontecera naquele dia. Fui ao supermercado e comprei apenas sucos, iogurte e queijo camembert (pra ver se era gostoso mas tem gosto de polenguinho), passei no mercado e comprei comidas prontas para o almoço (aquele soba que come frio mesmo...hummmmm muito bom!) e fiquei em casa alucinando os impulsos cerebrais e revendo algumas coisas que tinha feito.
Só.
No fim da madrugada tentei escrever alguma coisa... no entanto, apenas um parágrafo ficou bom...
Pensei comigo:

¨Dia improdutivo, não fiz nada.¨

As cores mais acinzentadas dominaram o ambiente (não que cinza seja uma cor ruim... até gosto de cinza, mas parecia um nevoeiro) e ainda tinham os rolos do passado que apareciam e voltavam a fazer parte do presente... o caos estava voltando e a tranqüilidade já parecia estar mentindo de novo. Os olhos pescavam lampejos do irreal a cada piscada forte que davam e se aliavam ao Jack Daniels cerebral para fazer com que o dia termine logo. Uma verdadeira guerra psicológica.
Foi então que o raio do otimismo passou pela minha cabeça:

¨Como assim não fiz nada?¨

Comecei a enxergar o lado positivo do que tinha feito. Tinha dinheiro para comprar os sucos e todo o resto, tinha os contatos certos para os impulsos cerebrais e tinha criatividade para criar algo!Bom ou não, eu tentava fazer alguma coisa... e estava de folga em plena segunda-feira! (Quer mais o quê não é mesmo?)
Mais uma vez eu li o parágrafo escrito, olhei os calos das pontas dos meus dedos, o copo vazio, o cachimbo encostado na mesa e deixei o sono me levar por suas ruas de sonhos e fantasia...