sábado, 26 de julho de 2008

Num texto de uma amiga

Algo que ele leu o fez pensar muito sobre a veracidade dos sentimentos humanos. O texto dizia que nós, seres humanos, nos apaixonamos e somos cúmplices dessa paixão, mas depois de um certo tempo temos a vontade de beijar e passar momentos com outra ou outras pessoas.
Até que ponto aquilo era verdade? ele pensou. Já havia passado por essa sensação no mínimo dez vezes mas pensava que era por causa de seu instinto promíscuo e libertino de boêmio quase compulsivo. Agora mais alguém pensava como ele! Não era o único a sentir daquela maneira! Não era o único que acreditava que os contos sobre paixões entre homens e mulheres eram quase uma farsa descarada e sem nexo!
No momento ele estava namorando alguém ja há algum tempo e o sentimento não era o mesmo de antes... sentia falta daquele calor que vem de dentro do peito, da vontade de ver aquela pessoa o mais rápido possível, do querer passar o tempo trancado no quarto fazendo nada e tudo ao mesmo tempo... Será que estou ficando com o coração gélido e sem paixão? pensou. No entanto, após aquele breve emaranhado de palavras alheias, descobriu que não era isso! Descobriu que era algo normal que as pessoas sentem durante a vida e não algo estranho e fora da realidade.
Sentiu-se aliviado.
A liberdade parecia estranhamente mais próxima... estranha porque nunca fora preso. Desde pequeno busca a liberdade de ir e vir, fazer o que acha melhor fazer! Mesmo quando tentavam lhe prender achava uma forma de escapulir. A não ser da paixão. Nesta, perdia-se em meio aos seus tentáculos de alegria e dor simultâneos. Simplesmente não conseguia controlar...
Agora sabe que não precisa ter as rédeas dela. Sabe que ela chega e vai embora sem dizer oi nem adeus.