terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Vinte Anos

(Coloque Stop This Train do John Mayer para ouvir enquanto lê este artigo)

Conforme o tempo passa, pensamos que a idade vem chegando e começamos a olhar para trás lembrando o que fizemos ou deixamos de fazer.
Assim como você, Jane fez o mesmo em suas épocas do fim dos vinte anos. Olhou para o passado e começou a assistir o filme dos seus anos. Viu as loucuras dos seus vinte e poucos anos, com todos os seus exageros e anseios. Percebeu a sua crise no meio dos vinte anos, com as suas dúvidas e medos do futuro trinta que vinha chegando... Os trinta anos eram apavorantes por causa das suas escolhas não muito convencionais. Decidira seguir algo que realmente gostava e que a fazia sentir vários tipos de sentimentos em cada uma de suas notas. Porém, não era uma profissão clássica nem tampouco rentável em médio prazo. Isso a deixava desconsertada.
Ela decidiu seguir os seus sentimentos e deixou a razão bem de lado, quase pra escanteio e agora sentia uma ponta de arrependimento. Todos os seus amigos estavam encaminhados, formados e num emprego estável e rentável. Ela, totalmente às avessas, estava em um emprego temporário, quase sendo despedida, com pouco dinheiro que havia guardado, seu talento sem um rumo certo e suas experiências excêntricas em alguns lugares exóticos.
E apenas isso.
Jane se esforçava em pensar que a única coisa que fica realmente na vida são as lembranças que você tem, boas e ruins, tanto faz... Elas é que passavam na sua mente agora... Mas a realidade a obrigava a ler a conta que acabara de ser deixada na sua caixa de correio e ver o número do lado do cifrão.
Será que viver é isso mesmo?Será que fiz a escolha errada?Será que errei em seguir o que me fazia arrepiar de emoção? Pensou Jane.
Hoje, esse conflito ainda é iminente na alma dela. No entanto, quando ela ouve aquela música e sente aquele mesmo calor no peito de quando se está apaixonada, pára e deixa-se levar mais uma vez pelo seu velho e bom companheiro sentimento.

domingo, 18 de janeiro de 2009

Qual é a sua?

Parece que na vida realmente existe o destino.
Você percebe isso quando alguns acontecimentos te empurram a fazer uma determinada ação. Tudo conspira para aquele pensamento se tornar uma realidade.
Você já passou por algo semelhante? Aposto e ganho com você que a resposta é sim! Ganhei?
Conforme a experiência de vida vai passando, alguns escolhem a opção do risco zero, outros se aventuram na busca do seu querer profundo. Qual a sua escolha?
O risco zero consiste em se galgar pelos caminhos em que a sociedade chama de seguro. Fazer um concurso público, estabilizar-se em algum emprego qualquer sem gosto pelo trabalho, aposentar-se com uma boa quantia de dinheiro por mês. Não que isso seja uma coisa ruim, é apenas um conformismo.
A busca pelo seu eu é mais dolorosa, na maioria dos casos. O risco sempre está presente, os contratempos parecem querer desviá-lo da sua meta, muitos altos e baixos consecutivos se sucedem. Você pensa em desistir dessa vida pelo preço a ser pago, e quando o tenta, fica meio louco e sem chão, as vertigens são diárias e acaba sentado se balançando e falando sozinho... Para quem está de fora observando essa transgressão da realidade fica assustado e preocupado com o indivíduo na chamada loucura.
Não sei dizer o porquê dos fatos acontecerem assim, dessa forma tão brutal e ingrata, mas acontecem.
Não defendo nem uma forma de existência e nem a outra. Simplesmente digo que é você quem faz a escolha e é você quem sabe o que quer da vida! Quem mais poderia dizer isso a você?
Ninguém.